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ARTE E
EDUCAÇÃO

Memória

Futuro

Poderia um retorno à memória guiar o nosso futuro? Poderia a imaginação sobre o futuro nos fazer refletir sobre nossas raízes e nosso passado?

Quando pensamos sobre a palavra progresso, logo vem à mente um movimento linear inevitável, como se o tempo fosse uma flecha em linha reta, sempre rumo ao amanhã. Nesta percepção de tempo comum à nossa sociedade, as memórias do passado são interpretadas como algo acabado e antiquado: o oposto do futuro. 

No entanto, outras tradições e culturas enxergam o tempo como algo circular, onde o passado é essencial para se agir no presente e pensar no futuro. Para as religiões de matriz africana, nossos antepassados continuam presentes nos elementos da natureza, em forma de energia. Já para alguns povos indígenas, histórias que aconteceram nos tempos de origem estão se refazendo constantemente, redefinindo a cada dia o nosso futuro. Nesses outros modos de ver o mundo e a passagem do tempo, passado, presente e futuro não aparecem como tempos lineares e progressivos, mas como elos de uma corrente dinâmica na qual algo que aconteceu em tempos longínquos está sempre influenciando o presente, e o futuro é refeito o tempo todo, no agora. 

Fincando os pés no tempo presente, trazer essas outras visões de tempo circular para o contexto escolar pode abrir portas para pensarmos como a retomada de memórias e de conhecimentos ancestrais nos aponta em direção a um outro futuro, imaginando, fabulando e criando diversas condições e alternativas de vida comum para vivermos neste mundo.